Black Friday nos games, RTX 2060 voando e Ray Tracing exclusivo
A pandemia está rolando solta e o dólar não para de subir, mas uma esperança tomou conta do imaginário financeiro do Brasil nesta semana: a Black Friday. A sexta-feira dos preços milagrosos acontece nesta…sexta-feira (27) e algumas empresas de games já entraram no clima das promoções.
A semana passada também foi agitada, principalmente por causa de Cyberpunk 2077. A CD Projekt Red aproveitou a antiga semana de lançamento do RPG, que foi adiado, para revelar um amontoado de novidades, desde gameplay com Keanu Reeves até requisitos detalhados.
Confira na edição de hoje tudo o que você não pode perder no mundo dos JAMES. (é games, eu sei…)
Classificados Black Friday Edition
Como o clima de sexta-feira dos descontos está no ar, começamos o Jornal dos Jogos da semana com o “plantão Black Friday”. As principais companhias de games estão oferecendo algum tipo de desconto durante os próximos dias. Logo, se você está pensando em gastar, saca só:
PlayStation
A PlayStation Store entrou no clima da ~Black~ com grandes exclusivos com desconto. The Last of Us 2 e Ghost of Tsushima, que estão concorrendo ao prêmio de jogo do ano, estão saindo por R$ 139 e R$ 200, respectivamente.
Final Fantasy VII Remake, que pode dar o GOTY para o criador de Kingdom Hearts, também está com desconto e custa R$ 164 por tempo limitado. Todos os descontos podem ser conferidos aqui e valem até dia 30 de novembro.
Xbox
A Black Friday também está valendo no lado verde da força: a Microsoft está oferecendo descontos em jogos e também no Game Pass. Segundo o Xbox Wire, a assinatura pode ser encontrada com até 40% de desconto no pacote de três meses em varejistas selecionados — o preço mensal segue o mesmo no site oficial atualmente.
A Microsoft também está oferecendo desconto em jogos multiplataforma e carros-chefe da linha Xbox. Forza Horizon 4 está no Game Pass, mas você pode comprá-lo por R$ 124,50 por tempo limitado. Para os boleiros de plantão, FIFA 21 está saindo por R$ 179,55 e traz upgrade gratuito para o Xbox Series X/S. Veja todas as ofertas aqui.
EA e Ubisoft no PC
A Eletronic Arts também ativou os descontos em sua loja, a Origin, e está distribuindo cortes de preço em várias plataformas. A empresa está oferecendo descontos de até 90% em sua loja do PC e as promoções incluem Star Wars Jedi: Fallen Order por R$ 95,60 e Need for Speed Heat por R$ 79,66. Vale a pena conferir a promo, mas lembre-se: boa parte dos jogos chegará ao Game Pass de PC em 15 de dezembro.
Já a Ubisoft está oferecendo jogos de seu catálogo com até 85% de desconto no PC. As ofertas incluem Assasin’s Creed Unity por apenas R$ 9, Far Cry 5 custando R$ 36 e Assassin’s Creed Odyssey por R$ 54. A empresa também lançou uma loja de roupas e acessórios no Brasil, que também possui preços especiais para a Black Friday.
Nuuvem
A loja brasileira Nuuvem também está se preparando para Black Friday. A empresa vai oferecer descontos por uma semana, começando em 25 de novembro, e já possui uma lista de jogos confirmados com desconto. Vale a pena ficar de olho nessa “Black Week”.
Novas da semana
Se você deu uma zapeada na internet recentemente, pode ter notado que dois grandes eventos aconteceram recentemente: a CD Projekt Red liberou um caminhão de novidades de Cyberpunk 2077 e o chefe da PlayStation deu uma entrevista falando sobre a marca.
Acredite se quiser, as duas coisas ocorreram no mesmo dia e acabaram ofuscando outro grande acontecimento:
007 está de volta ao mundo dos games
A IO Interactive, conhecida por fazer a franquia Hitman, anunciou que está trabalhando em um jogo do James Bond. O 007 anda meio sumido da mídia interativa, mas promete voltar com tudo. Afinal, é difícil pensar em um estúdio mais competente para o projeto que os caras por trás do Agente 47.
Até o momento, tudo que temos sobre o projeto é o breve teaser acima e uma descrição interessante. A IO Interactive trará uma história original de James Bond e vai abordar as origens do espião, antes dele se tornar o lendário 007.
O projeto ainda não possui data de lançamento, mas já ganhou minha atenção.
Cybertretas 2077
A CD Projekt Red lançou uma tabela atualizada de requisitos mínimos e recomendados para Cyberpunk 2077, revelando o hardware necessário para encarar o game no PC com tecnologias RTX. Enquanto geral já sabia que o jogo não seria tão pesado, um detalhe acabou gerando incômodo: a ausência de placas de vídeo AMD nas especificações para Ray Tracing.
Acontece que, em seu lançamento, o jogo não contará com suporte para traçado de raios em tempo real nas novas GPUs da AMD, que vão receber a função posteriormente. A confirmação pegou geral de surpresa, já que o Ray Tracing de Cyberpunk é feito em uma API aberta.
Ray Tracing exclusivo?
A "exclusividade" do Ray Tracing de Cyberpunk 2077 em GPUs da Nvidia chegou pouco após outra situação nessa vibe. A galera que faz Godfall, que anda mal otimizado, liberou os recursos de traçado de raio em tempo real somente para placas AMD, deixando apenas uma promessa de um update futuro para componentes da Nvidia.
A situação foi suficiente para instaurar um clima de "Guerra Fria" no mercado. Afinal, ambos os jogos possuem parceria com as respectivas empresas que receberam efeitos de Ray Tracing primeiro. Resta agora aguardar pra ver se a moda pega.
Enquanto o assunto não se desdobra, confira o novo gameplay de Cyberpunk 2077 e o video de bastidores com Keanu Reeves. E cuidado com os spoilers, pois algumas cópias do game já estão rolando por aí. Isso que dá ficar adiando jogo em cima da hora...
PS5 vendendo e “Game Pass da Sony”
Na última quinta-feira (19), o chefe da PlayStation, Jim Ryan, falou com a agência de notícias russa Tass e declarou várias coisas que viraram manchete. Nós lemos toda a entrevista e trazemos aqui o que realmente importa sobre tudo que foi falado.
PS5 vendendo- O executivo da Sony revelou que o PlayStation 5 está vendendo que nem água no deserto, mas a empresa teve desafios no lançamento por causa da pandemia. Afinal, produzir e distribuir consoles não é uma missão simples no meio do apocalipse que é 2020.
PS4 importa - Jim Ryan também disse que mais de 114 milhões de unidades do PS4 estão pelo mundo e a empresa pretende dar suporte para o console durante pelo menos mais dois anos, pelo menos. Segundo o executivo, a comunidade PlayStation estará em seu ápice até 2022 e o período cross-geração ainda vai continuar.
Guerra dos consoles - O comandanda da divsão de games da Sony também disse que não curte essa história de guerra dos consoles e respeita a Microsoft, pois a concorrente faz a PlayStation se mexer e não ficar estagnada. Ele até disse que achou a compra da Bethesda um movimento bem estratégico, mas não tem ideia se o PS5 receberá jogos como The Elder Scrolls 6.
Game Pass e PlayStation - Falando em competição, Jim Ryan está ciente do crescimento do Xbox Game Pass e deu a entender que uma resposta para o serviço da Microsoft pode chegar futuramente. Enquanto isso, o executivo ressaltou que a Sony possui o PlayStation Now, que ainda não está no Brasil e nem recebe títulos de grande porte no lançamento.
xCloud no Brasil
Enquanto a Sony dá indícios de que vai expandir sua atuação nos serviços, a Microsoft não para de evoluir o Game Pass. A empresa lançou recentemente o xCloud no Brasil. Apesar de estar em beta, o serviço que roda jogos em nuvem já está funcionando muito bem por aqui.
Em alguns momentos, a latência e a compressão de imagem ficam perceptíveis no gameplay, mas a experiência é bem interessante para quem busca um complemento para o Game Pass. Além disso, os controles na tela facilitam muito o consumo dos games compatíveis com a função. Minecraft Dungeons vira praticamente um jogo mobile quando está funcionando pelo serviço de jogos em nuvem.
Minha principal decepção com a plataforma até agora é o tempo de loading: como os servidores são baseados em consoles da geração Xbox One, as telas de carregamento ainda são longas. Para quem jogou no Xbox Series X ou S, que capricham na hora de abrir os games, a diferença é perceptível.
O xCloud ainda não tem data de lançamento no Brasil, mas chegará integrado ao Game Pass Ultimate. A versão de testes do serviço pode ser utilizada de maneira gratuita, mas você precisa se inscrever no site da Microsoft e ser convidado para participar.
Minha RTX 2060 envelheceu como vinho
Após uma infância moldada por consoles e anos como jogador de notebook, migrei definitivamente para o PC de mesa em outubro de 2019. Meu primeiro desktop ainda está em atividade e, apesar de não ser um computador da NASA, traz um hardware de respeito: um AMD Ryzen 5 3600 acompanhado da GeForce RTX 2060 XC da EVGA.
O poder do combo já ganhou meu coração logo no primeiro dia com testes em Call of Duty Modern Warfare, um dos grandes lançamentos do ano passado e que ainda está bombando atualmente. O salto visual ficou perceptível em comparação ao hardware do meu antigo notebook, com uma GTX 1050 Ti e o i7-7700HQ, e senti os primeiros gostos do Ray Tracing, que viria a se tornar cada vez mais popular nos próximos meses.
O Ray Tracing, inclusive, foi um dos primeiros fatores que mostrou as limitações da minha GPU e me lembrou que eu não estou no topo da cadeia alimentar do hardware. Como eu trabalho no Adrenaline e a galera adora ver hardware pegando no pesado, especificações como os 6 GB de VRAM acabaram segurando minhas vontades em certas ocasiões. O uso hardcore também fez o meu modelo da EVGA sentir calor, já que o resfriamento fica por conta de apenas um fan e soluções passivas.
Sem deixar para trás
Mesmo com limitações de seu próprio hardware, a RTX 2060 passou por um crescimento louvável durante os últimos 12 meses. Ao invés da placa de vídeo seguir o caminho natural da obsolescência, o componente evoluiu de maneira considerável graças às novas tecnologias da Nvidia.
A fabricante lançou uma nova linha de GPUs preparada para Ray Tracing e com um grande salto de desempenho. A terceira geração RTX veio acompanhada de funções como o Nvidia Broadcast, mas os modelos antigos não ficaram para trás: as novidades de software estão disponíveis em placas anteriores da série, inclusive na minha RTX 2060.
A Nvidia também lançará em 2021 o RTX I/O, tecnologia que promete melhorar a compressão de games e vai funcionar com GPUs da série 20 e 30. O suporte para novidades como essa parece pequeno, mas infelizmente está fora dos padrões da indústria. Muitas tecnologias legais acabam deixando hardwares levemente mais velhos de fora, como é o caso do SAM da AMD, pelo menos em seu lançamento.
No meio de tantas tecnologias, o principal marco para a minha guerreira RTX 2060 é o Deep Learning Super Sampling, o famoso DLSS. A ferramenta de upscaling e antialiasing que usa inteligencia artificial chegou desacreditada no mercado, mas ganhou um boost em sua versão 2.0.
O DLSS tem como principal missão possibilitar o uso de Ray Tracing em resoluções mais altas, como 4K. Porém, para quem joga em “divisões mais baixas”, a tecnologia também serve para dar um belo upgrade de performance. Neste ano, a Nvidia lançou a versão Ultra do recurso, que funciona em resoluções de até 8K e é tão potente que fez minha RTX 2060 segurar Call of Duty Black Ops Cold War, lançado neste mês, em Ultra HD e 60 frames por segundo, com Ray Tracing ativado e tudo.
Em condições normais de mercado, os novos lançamentos de games tendem a fazer hardwares modestos começarem a apanhar. Com o uso do DLSS, a placa de vídeo se transforma em “Super Sayajin” e muda essa situação. É algo impressionante de se vivenciar não apenas em Black Ops Cold War, mas também em outros jogos com a função, como Death Stranding.
Nas mãos do futuro
A principal "falha" do DLSS está em sua adoção: nem todas as desenvolvedoras estão utilizando a tecnologia atualmente e, com isso, o milagre entregue pela inteligência artificial fica limitado a alguns títulos compatíveis. Felizmente, a lista de jogos com as funções RTX está se expandindo e inclui produções aguardadas como Cyberpunk 2077.
A AMD também deu indícios de que está trabalhando em uma solução similar ao DLSS, que será aberta e terá uma versão que será compatível com os consoles. A novidade deve tornar esse tipo de tecnologia mais comum e expandir o sentimento que eu tive ao ver a RTX 2060 mandando um 4K 60 fps para mais placas de vídeo no mercado.
Segundo reza o ditado popular, o vinho tende a ficar melhor quando envelhecido. Nunca imaginei que ver essa máxima sendo aplicada em placas de vídeo, mas estou feliz que isso aconteceu.