Doom The Dark Ages é animal - Review
Novo jogo da Bethesda traz experiência viciante e cheia de adrenalina com mudanças positivas
Quem diria que um prequel de uma série aclamadíssima e com outros dois jogos muito bons e de muito sucesso, daria certo? Ora, quase todo mundo. O hype era real, e recebemos o que esperávamos: o melhor jogo da série DOOM.
Afinal, Doom: The Dark Ages não só aprofunda mais na história do guerreiro lendário dos videogames, como aprimora mecânicas que já eram maravilhosas nos últimos jogos da franquia. Tudo isso encapsulado em um lindo projeto com músicas de tirar o fôlego.
Então, vamos entender um pouco mais sobre como consegue tal feito. Confira, a seguir, a review completa de DOOM: The Dark Ages realizada no PC, com a versão do jogo disponível no Xbox Game Pass.
Ficha técnica
Jogo: DOOM The Dark Ages
Lançamento: 15/05/2025
Onde jogar: PC, PS5 e Xbox Series S/X
Plataforma de teste: PC
Preço: A partir de R$ 349,90. Também disponível no Game Pass.
Um foco maior na história
Narrativamente, Doom The Dark Ages entrega o suficiente para entendermos o porque estamos ali e porque precisamos fazer tal e tal coisa. Não é um game com horas de história para aproveitarmos, pegarmos uma pipoca e vermos de camarote. Afinal, o foco da franquia sempre foi o gameplay.
No entanto, Doom The Dark Ages busca trabalhar melhor a questão da história do game, algo que seus antecessores, Doom (2016) e Doom Eternal (2020), não entregaram tanto. As cutscenes neste jogo tem muito mais de tela e são bem dirigidas. Os gráficos são caprichados e temos uma ótima direção de arte, aliado a dublagem em português brasileiro, que nos envolve ainda mais na história.
Por falar em dublagem, é importante comentar que a mixagem está horrível em alguns trechos. A voz de um personagem fica muito mais alta que em outros trechos. A legenda também tem problemas em alguns diálogos.
Porém, nada que afete a compressão do que está sendo dito. Talvez o acanhe alguns jogadores, seja a linearidade com que a história é contada. A entrega desses trechos de narrativa sempre são feitos entre os extremos dos níveis, início e final. Tudo para prezar pela contínua gameplay, que, dessa vez, nos coloca em mapas um tanto quanto maiores.
Gameplay ainda melhor
Ao mesmo tempo que o jogo evoluiu sua história, não deixa de lado o creme de la creme da franquia: a deliciosa gameplay. Agora, além do arsenal que já é bem diversificado, temos uma ampla gama de combinações envolvendo nosso escudo e serra.
O arsenal de Doom The Dark Ages vai desde armas de plasma a escopetas. De armas de cadência baixa e outras com cadência muito alta. Aliando essa variedade de armas, com as novas mecânicas trazidas pelo escudo e serra, temos um jogo muito mais estratégico e variado. Permitindo diversas abordagens diferentes para avançarmos contra inimigos. Diferentes métodos para concluirmos um nível.
O level design de Doom The Dark Ages está muito mais interessante
Pode-se dizer também que muito do fator de rejogabilidade que este jogo tem, é graças aos seus novos mapas. O level design de Doom The Dark Ages está muito mais interessante. Ganhamos novas maneiras de nos locomover e isso permitiu que a id Software tornasse seus mapas maiores e mais interessantes aos jogadores. Podemos decidir fazer eles da forma que quisermos e não nos prender ao que a desenvolvedora determina.
Como citei, Doom The Dark Ages é um jogo bem mais estratégico. O que vemos refletido tanto na troca de armas, com um menu e tempo que são “lentos” comparado ao que já vimos na franquia, e até um respiro entre os combates, que nos permitem explorar através de puzzles os mapas. Simples e poucos comparados aos de Doom Eternal, mas ainda assim bem vindos.
Se há algo que realmente me incomodou no gameplay de The Dark Ages, foi um nível em específico. Os mechas tiveram bastante destaque nos materiais promocionais do jogo e eu obviamente criei uma expectativa com isso. Grande fã de Pacific Rim que sou. Mas especialmente o Atlan, me decepcionou.
Achei o mecha com pouco peso. Tanto em velocidade quanto em movimentos. Posso até comparar com a gameplay de Warhammer 40.000: Space Marine, que em uma escala MUITO menor, nos dá uma sensação de estar em uma armadura pesada muito melhor. Porém, isso aqui é Doom. Talvez eu tenha sido vítima da minha própria expectativa.
Trilha fantástica e belo visual
Doom é daqueles jogos que são feitos para vender a trilha sonora. Nunca decepcionaram. Em Doom The Dark Ages não foi diferente. Não dá para se segurar na cadeira! Se você quiser conferir a trilha completa, pode verificar no canal da Bethesda clicando aqui. Essa review está sendo escrita ao som dela, então só aproveite!
Desde os castelos grandiosos, às áreas mais tecnológicas, florestas infernais, tudo é bonito neste jogo.
Trilha à parte, outra questão importantíssima neste novo Doom são os gráficos! Que coisa linda. Desde os castelos grandiosos, às áreas mais tecnológicas, florestas infernais, tudo é bonito neste jogo. Uma direção de arte fenomenal da desenvolvedora, que está embalado em uma experiência muito bem otimizada.
Doom: The Dark Ages vale a pena?
Doom: The Dark Ages aprimora tudo que a id Software nos apresentou nos últimos jogos da franquia, além de aprimorar alguns de seus calcanhares de aquiles, entregando uma experiência otimizada e muito satisfatória. É impossível não recomendar esse jogo.
Se você é fã da franquia, vai amar. Se você é só um jogador casual de tiro em primeira pessoa, também vai se divertir muito. Ajuda muito nesta minha recomendação, o título estar no Game Pass Ultimate. Então se você simplesmente quiser testar o jogo, pode assinar o serviço e jogar o quanto quiser. O interessante neste caso, é que caso o DOOM não te apeteça, ainda vai ter um mar de grandes jogos para aproveitar. Ainda assim, caso você curta adrenaline e intensidade, essa viagem infernal pode valer muito a pena.