Hellbreak é muito mais que um "DOOM da Shopee" - Review
Conheça o roguelike em primeira pessoa que mistura metal, sangue e infinitas combinações de combate
Quando bati o olho em Hellbreak, minha primeira reação foi pensar: “ok, temos aqui um Doom da Shopee”. Pode soar pejorativo, mas a comparação é inevitável — afinal, estamos falando de tiros frenéticos em arenas abarrotadas de demônios, ao som de guitarras pesadas e com uma estética infernal.
Mas, após algumas horas de jogo, ficou claro que Hellbreak não é apenas uma versão genérica de um clássico. Ele tem identidade própria e particularidades que o tornam um roguelike viciante, cheio de possibilidades e que entrega uma diversão sem pausa.
Ficha Técnica
Jogo: Hellbreak
Lançamento: 12/06/2025 (Acesso Antecipado)
Onde jogar: PC (Windows)
Plataforma de teste: PC
Preço: R$ 46,99
A seguir, confira nossa review realizada durante a fase de acesso antecipado do game, que está disponível no computador com um preço bem atraente. Uma cópia do jogo foi cedida pela desenvolvedora Double Barrels para a realização do texto.
Roguelike sem enrolação
Uma das coisas que mais me chamou atenção em Hellbreak é a sua objetividade. Não há cutscenes longas, diálogos intermináveis ou um universo narrativo complexo a ser explorado. Aqui, o foco é disparar dopamina direto na sua corrente sanguínea: você escolhe suas armas, entra na arena e começa a carnificina.
O menu inicial é simples, quase minimalista. Só ao clicar em “Jogar” é que você acessa o verdadeiro hub do game, onde estão as missões, arsenal, vantagens, codex e placar. A partir dali, a experiência é direta e viciante: selecione seu armamento principal, o nível de dificuldade e a arena — por enquanto, são apenas duas disponíveis, desbloqueadas conforme você completa objetivos específicos.
Gameplay que não dá trégua
Na prática, Hellbreak é o caos em movimento. Inimigos surgem em ondas aleatórias e não param de aparecer, forçando você a manter atenção constante. O combate é acelerado e variado, com direito a dash, granadas, ataques físicos e até magias, que abrem novas formas de aniquilar hordas demoníacas.
O grande diferencial, no entanto, está nas bênçãos e maldições que você encontra ao longo das runs. São tantas combinações possíveis que é quase impossível repetir a mesma experiência.
Uma partida pode começar com você usando uma metralhadora básica e, dez minutos depois, terminar com explosões mágicas, totens invocados e modificadores que mudam completamente sua abordagem. Essa variabilidade mantém o jogo fresco e faz cada tentativa ter cara de primeira vez.
Armamento e progressão generosos
Se tem uma coisa que a Double Barrel Games fez bem foi a variedade de armas. O arsenal é robusto e cresce a cada missão concluída, que geralmente envolve objetivos como eliminar demônios de uma forma específica.
Além disso, há um sistema de progressão que permite aprimorar tanto as armas quanto as habilidades do personagem, incentivando o jogador a buscar pontuações mais altas para desbloquear recursos.
É um loop clássico de roguelike: morra, aprenda, volte mais forte. Só que aqui, embalado por guitarras distorcidas e uma enxurrada de sangue pixelado.
O que ainda precisa melhorar
Vale lembrar que Hellbreak está em acesso antecipado, e isso significa que ajustes são esperados. Dois pontos chamaram atenção negativamente: a repetição de efeitos sonoros (que pode cansar depois de algumas horas) e a sensibilidade de mouse, que não oferece ajustes finos o suficiente.
O problema é tão específico que em níveis mais baixos de sensibilidade pode ser necessário mexer no próprio DPI do mouse. Ainda assim, considerando o estágio atual do desenvolvimento, o pacote é bem sólido.
O desempenho é estável, o jogo roda liso e já oferece conteúdo o bastante para garantir dezenas de horas de diversão. Logo, se você busca algo semelhante a DOOM, mas com um toque próprio, e está disposto a enfrentar alguns problemas, pode ser uma boa deixar o jogo no radar.
Vale a pena?
A resposta curta: sim. Mas com uma ressalva importante: Hellbreak sabe exatamente para quem foi feito. Se você é fã de roguelikes, vai se sentir abraçado pela intensidade, pela variedade de combinações e pelo loop de gameplay direto e recompensador.
O jogo acerta ao entregar exatamente o que promete: caos frenético em arenas cheias de demônios, sempre embalado por metal pesado. Agora, se o gênero não te atrai, provavelmente a repetição de runs e a ausência de uma narrativa elaborada vão soar como limitações.
No fim das contas, Hellbreak é o tipo de jogo que não tenta ser tudo para todo mundo — e isso é ótimo. Ele sabe o que quer oferecer e entrega bem: ação pura, variabilidade infinita e aquela sensação deliciosa de “só mais uma partida” que, na prática, se transforma em madrugadas inteiras de gameplay.
Hellbreak pode ser comprado na Steam por R$ 46,99 durante o acesso antecipado. E aí, você vai dar uma chance ao game?
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