Shadow Labyrinth mostra lado jamais visto de Pac-Man nos games - Preview
Expandindo episódio da série Secret Level, o jogo que chega em julho traz fórmula bem diferente de gameplay para o icônico personagem amarelo
No final do ano passado, o público gamer foi agraciado pela Amazon com uma série de curtas baseados em jogos famosos, ao estilo Love Death + Robots — do mesmo criador, inclusive, chamada Secret Level (Nível Secreto). Entre os episódios, tivemos um inspirado no Pac-Man que rendeu bastante burburinho online.
O motivo? O capítulo saiu totalmente fora do tom do Pac-Man que todos conhecemos. O simpático personagem amarelo foi substituído por uma máquina fria, em um mundo sombrio e diferente.
Depois, tudo fez sentido. Durante o The Game Awards, a Bandai Namco apresentou o jogo Shadow Labyrinth, que usou o episódio de Nível Secreto como um prólogo para uma história inédita. E nós tivemos a chance de visitar, e jogar, este novo mundo.
A seguir, confira nossas impressões com Shadow Labyrinth, após um teste limitado de aproximadamente três horas que foi cedido pela Bandai Namco no PC.
Uma nova história em um longo universo
A história de Shadow Labyrinth começa logo após os eventos do episódio de Nível Secreto. Logo, se você viu a série do Prime Video, já tem uma ideia do que esperar: um tom futurista, mas com criaturas estranhas em um mundo assustador e letal.
A narrativa segue a história de PUCK, um soldado da UGSF, (Força Espacial da Galáxia Unida) que ficou perdido em um planeta nada legal após sua missão fracassar. Para tentar sair dali, essa versão sinistra do Pac-Man invoca Espadachins que servem como marionetes para moldar uma rota para casa.
O episódio de Nível Secreto, chamado de Círculo, conta o que aconteceu com o Espadachim Nº 7. Já no gameplay de Shadow Labyrinth, acompanhamos a história do Espadachim Nº 8, que assume o protagonismo em um jogo de ação 2D.
Como está o gameplay de Shadow Labyrinth?
Durante o teste de Shadow Labyrinth, tivemos a chance de explorar algumas áreas pré-selecionadas do game, o que nos permitiu ter uma visão desde as mecânicas básicas às mais avançadas Além do combate, também deu pra experimentar um pouco mais da exploração do jogo.
Não há segredo aqui: Shadow Labyrinth a mesma base de exploração dos expoentes de seu gênero. O metroidvania com visual 2D conta com diferentes formas de acessar caminhos e alto fator de rejogabilidade, já que em certos momentos não conseguimos acessar esta ou aquela passagem.
O level design das fases é bem produzido e, enquanto exploramos, somos naturalmente apresentados as coisas mais diferentes que esse projeto tem a nos oferecer. A começar pelas fases que envolvem o PUCK, que são um refresco interessante em meio ao andar/batalhar/resolver puzzles.
São basicamente plataformas em que o PUCK assume o protagonismo para ajudar na exploração ou fazer a sua especialidade: comer. Nada revolucionário, mas muito bem executado.
Combate simples, mas que engaja
O combate de Shadow Labyrinth não foge muito da simplicidade de seus mapas. No entanto, tudo é bem executado, com o jogo entregando uma gameplay variada e difícil de ser dominada.
Além dos golpes básicos com a espada, há uma boa seleção disponível de habilidades passivas e golpes para utilizar usando uma espécie de stamina que o jogo chama de ESP. Assim, temos diversos fatores envolvidos em cada briga, incluindo:
Habilidades especiais
Golpes simples
Diferentes distâncias de ataque
Habilidades passivas para administrar
Entender o ambiente em que estamos lutando.
Além disso tudo, também temos as mecânicas relacionadas a defesa e dash, que estão amplamente presentes no combate e são essenciais para a exploração do mapa. Citei simplicidade no início porque eu acredito que nada disso seja difícil. Eu, pelo menos, não achei. Porém, misturar todas essas coisas em combate exige de uma boa prática.
Visual chama a atenção
Graficamente falando, Shadow Labyrinth não é tão impressionante, o que deve permitir rodar o jogo até mesmo em sistemas mais simples — não tivemos problemas técnicos na build do PC. Ainda assim, existem certas peculiaridades no visual.
Algo que eu realmente gostei nesta preview foi o design dos personagens, tanto os protagonistas quanto secundários. O estilo visual busca resgatar essas coisas dos jogos clássicos e acerta demais!
São designs únicos e que fazem a gente até se assustar por aquilo estar mais sombrio do que deveria para um jogo assim. Seja em grandes criaturas ou NPCs aleatórios, temos uma bela dose de nostalgia dos clássicos do gênero no game, que serve com uma boa homenagem aos 50 anos do Pac-Man, mas também para outros projetos da Bandai Namco — esses aí de cima, por exemplo, são os Bosconianos, lá dos anos 80!
Vale a pena ficar de olho?
Assim como o episódio de Nível Secreto que antecede a sua história, Shadow Labyrinth definitivamente não é para qualquer um. O jogo entrega uma experiência que mistura simplicidade e desafio, trazendo um novo significado para um personagem clássico dos games.
Enquanto os visuais chamam a atenção pela nostalgia, mas não se destacam tanto, o sistema de combate também não é ruim, mas precisa de tempo para ser dominado e aproveitado ao máximo. É difícil cravar se essa combinação facilitará ou não que o título encontre seu público, mas o projeto tem muita cara de que poderia se dar bem em portáteis como o Steam Deck e em assinaturas como o Game Pass.
Enquanto isso, minha dica é deixar Shadow Labyrinth em sua lista de desejos e acompanhar novidades para ver o que o jogo completo entrega. Nesse preview, encontramos um certo potencial, mas que não brilha muito além de mostrar um lado jamais visto de Pac-Man nos games.