Towa and the Guardians of the Sacred Tree é bom? Veja primeiras impressões
Tivemos a chance de testar o Towa and the Guardians of the Sacred Tree e ficamos surpresos com o potencial, mas existe um ponto importante que pode melhorar
Segunda-feira é dia de resumão de notícias no Jornal dos Jogos, mas hoje tem mais uma coisinha por aqui!
Towa and the Guardians of the Sacred Tree é um novo jogo roguelite da Bandai Namco que chega em setembro. No entanto, graças a um convite da publisher, eu consegui dar uma espiadinha no gameplay com antecedência. O novo título aposta numa mistura de fofura com ação intensa, guardiões carismáticos e um mundo místico cheio de personalidade.
É aquele tipo de jogo que já no primeiro contato faz você pensar: “ok, esse negócio tem potencial”, principalmente se você curte uns Hades da vida. No entanto, como todo teste limitado, não deu pra ver tudo que o jogo tem a oferecer — e até onde jogamos, nem tudo brilha tanto quanto a Árvore Sagrada.
Mas vamos com calma: a seguir, eu te conto melhor como foi a experiência de jogar esse promissor game da empresa japonesa que capricha na beleza, mas ainda tem pontos a melhorar.
Ficha Técnica
Jogo: Towa and the Guardians of the Sacred Tree
Lançamento: 19/09/2025
Onde jogar: PS5, Xbox Series X|S, PC e Nintendo Switch
Plataforma de teste: PC
Preço: A partir de R$ 137,50 na Steam — ou R$ 123,75 na Nuuvem.
História e personagens encantam
Antes de entrar na parte do gameplay, bora dar uma contextualizada nesse novo universo. Towa and the Guardians of the Sacred Tree se passa em um reino místico abalado pela ameaça de Magatsu, uma entidade que corrompe as terras e ameaça a paz da Vila Shinju.
Nesse contexto, Towa, a jovem sacerdotisa, assume o papel de líder dos Guardiões da Árvore Sagrada e parte em uma jornada para restaurar o equilíbrio. A cada expedição, o grupo não apenas enfrenta hordas de inimigos em masmorras traiçoeiras, mas também testemunha a evolução da própria vila ao longo do tempo, como mostrado durante trailers de divulgação.
Um dos pontos fortes do jogo está no elenco de Guardiões. Cada um deles carrega uma história própria, temperada com toques de humor, drama e excentricidade. Do guerreiro koi Nishiki ao sábio Koro, os personagens não apenas reforçam a narrativa, mas também definem o estilo de jogo de cada dupla, com diálogos divertidos e bem pensados.
A lista de personagens jogáveis divulgados inclui:
Towa – sacerdotisa de Shinju e protagonista
Rekka – jovem samurai desastrada, mas mestra em espadas flamejantes
Nishiki – carpa humanoide musculosa, rápida e piedosa
Origami – vinda da Vila Musuhi, luta contra uma maldição misteriosa
Shigin – espadachim ágil de orelhas de gato, movido pelo ódio aos servos de Magatsu
Koro – ex-ancião da Vila Shinju, sábio e protetor
Akazu – pesquisador estudioso e recluso, curioso sobre o poder do inimigo
Com um elenco diversificado e um backstory legal, o jogo consegue ser bem cativante, mas infelizmente não conta com legendas em português brasileiro, o que pode afastar jogadores mais casuais interessados na narrativa.
E o gameplay?
O coração de Towa and the Guardians of the Sacred Tree é o combate roguelite em dupla, que testamos durante a prévia limitada. O sistema é bem interessante, pois funciona tanto no single-player quanto no coop local, abrindo margem para você dividir a experiência com alguém.
O jogador escolhe dois personagens para cada jornada: um portador da espada sagrada Tsurugi e outro do cajado mágico Kagura. Essa dinâmica garante variedade, já que cada Guardião tem habilidades exclusivas que podem ser refinadas ao longo das missões.
Além das batalhas, a progressão envolve elementos clássicos de roguelite: materiais coletados servem para forjar armas e habilidades são desbloqueadas, por exemplo. Você pode obter tudo isso enquanto enfrenta inimigos em áreas que mudam a cada jornada, em uma fórmula que lembra bastante jogos como Hades.
Coop existe, mas podia ser melhor
O problema é que, enquanto o single-player funciona direitinho, o modo coop acaba deixando a desejar. Confesso que estava bem animada para testar o game justamente por causa disso, para dividir uma experiência desafiadora com alguém.
No entanto, durante as fases que tivemos acesso, a parte multiplayer era bastante monótona. Enquanto o personagem que é a “espada” possui várias habilidades para lutar, o “cajado” serve como suporte, mas possui apenas dois ataques que precisam ser carregados.
O modo coop acabou deixando a desejar durante a prévia.
Isso acaba gerando uma dinâmica em que o personagem principal precisa ir para cima, enquanto o secundário deve se preocupar em se posicionar. No entanto, mesmo durante o teste limitado, a experiência já começou a demonstrar sinais de cansaço. Ou seja, a menos que o gameplay evolua muito com o progresso, a monotonia pode tomar conta da experiência para o segundo jogador.
Visuais e ambientação caprichados
Enquanto o coop acaba deixando a desejar, o jogo é um espetáculo à parte no quesito visual. Os cenários 2D são desenhados à mão, com uma direção de arte que mistura fofura e imponência — desde os NPCs até os chefes e inimigos.
As ilustrações dos Guardiões reforçam esse charme, enquanto a trilha sonora de Hitoshi Sakimoto eleva a atmosfera para algo grandioso e envolvente. A Vila Shinju também adiciona uma camada extra de vida ao mundo, tornando a experiência bem aconchegante, mesmo com os desafios do gameplay.
É o tipo de jogo que conquista primeiro pelos olhos: cores vivas, personagens bonitinhos e uma aura de fantasia que lembra contos clássicos japoneses. Mas logo a estética dá lugar ao desafio, já que cada canto da paisagem pode esconder inimigos perigosos a serviço de Magatsu, incluindo chefes que dão trabalho.
Vale a pena ficar de olho?
Towa and the Guardians of the Sacred Tree é jogo um jogo fofo, com personagens bonitinhos e ilustrações maravilhosas. As habilidades de gameplay são bem legais, a ambientação rouba a cena e a ideia de controlar dois personagens ao mesmo tempo traz variedade para o gênero roguelite.
Porém, o modo cooperativo acaba deixando a desejar: o segundo jogador tem poucas opções, o que torna a experiência repetitiva rapidamente, dando um gosto de oportunidade perdida. Aliado a isso, o título também deixa de fora as legendas em português brasileiro, que certamente ajudariam o game a ganhar um público maior no Brasil.
Apesar dos deslizes, Towa and the Guardians of the Sacred Tree pode divertir quem curte experiências desafiadoras com seu preço abaixo dos R$ 140. E se por acaso o título der as caras no Game Pass ou PS Plus, certamente valerá o seu tempo, mas pode acabar decepcionando o player 2 no modo cooperativo.
Para tirar a dúvida, você pode baixar uma demo grátis agora mesmo e ver se o jogo é pra você. Que tal jogar e deixar sua opinião aqui nos comentários?