Vale a pena jogar de Paladino em Diablo IV? Veja review com a classe
A classe mais aguardada finalmente chega a Santuário e entrega poder, fantasia e exagero.
Diablo IV sempre flertou com o peso simbólico de suas classes, mas poucas carregam tanto imaginário quanto o Paladino. Guerreiro da fé, escudo erguido, martelo em punho e uma presença quase celestial no campo de batalha, ele sempre foi um dos arquétipos mais queridos da franquia.
Agora, com a chegada da classe junto à expansão Lord of Hatred, a Blizzard finalmente atende um pedido antigo da comunidade — e, depois de dezenas de horas jogando com todas as classes do jogo, posso dizer sem medo: o Paladino não só faz jus ao hype como chega sendo um dos personagens mais fortes e satisfatórios de jogar em Diablo IV.
Aqui, a Luz não é apenas estética. Ela é identidade, mecânica e fantasia de poder. Jogar de Paladino é, o tempo todo, se sentir maior que os inimigos, quase como um arcanjo descendo dos céus para colocar ordem em Santuário.
E, sim, isso é tão exagerado quanto parece — no melhor sentido possível. A seguir, confira mais detalhes na review da classe, realizada com uma key cedida pela Blizzard.
Ficha técnica
Jogo: Diablo IV – Classe Paladino (Expansão Lord of Hatred)
Lançamento do Paladino: 12 de dezembro de 2025
Onde jogar: PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, PC
Plataforma de teste: Xbox Series X
Preço: A partir de R$ 174,90 (expansão Lord of Hatred)
Paladino é traz vibe celestial
Narrativamente, o Paladino é apresentado como um guerreiro guiado pela Luz, não no sentido religioso tradicional, mas como uma força que nasce da fé em si mesmo. Isso é importante porque afasta a classe de dogmas divinos e a coloca como um símbolo de virtude, disciplina e propósito.
Os Guardiões da Luz, facção da qual o Paladino faz parte, surgem justamente para corrigir os erros do passado, após a corrupção de líderes anteriores — um detalhe que conversa muito bem com o tom sempre trágico e cíclico de Diablo.
Na prática, tudo isso se traduz em uma classe que parece feita para resistir ao caos. O Paladino é resiliente, poderoso e extremamente versátil, combinando ataques corpo a corpo devastadores com habilidades de suporte, controle de grupo e sobrevivência absurda.
É fácil entender por que, em poucas horas de jogo, ele já se destaca como um dos personagens mais “apelões” do elenco. Se você gosta de ir para cima ou usar habilidades especiais, é possível criar builds específicas que atendam os seus desejos.
Jogabilidade: poderoso, fluido e perigosamente viciante
Se tem algo que Diablo IV já fazia bem, era o combatem e o Paladino chega para elevar ainda mais esse padrão. A sensação de impacto é imediata: cada golpe de martelo, cada escudada e cada habilidade angelical carrega peso, brilho e feedback claro.
A classe gira em torno de três pilares: ataque corpo a corpo agressivo, controle de área e sustentação absurda. Habilidades como Martelo Abençoado, Escudo Abençoado e Zelo garantem limpeza rápida de hordas, enquanto as auras — especialmente a Aura da Luz Sagrada e a Aura da Desafronta — tornam o Paladino uma presença constante e dominante no campo de batalha.
O grande diferencial está nos Juramentos, que funcionam quase como especializações dentro da classe. Zelote, Inexorável, Judicante ou Discípulo mudam completamente a forma de jogar.
Cada juramento incentiva builds focadas em crítico, fortificação, explosões de dano em área ou transformações angelicais temporárias. Isso dá uma longevidade enorme à classe e evita aquela sensação de “já vi tudo” depois de algumas horas.
Uma classe angelical, o que combina com a temporada
O gameplay também permite usar asas angelicais, descer dos céus com Estrela Cadente ou virar praticamente um inquisidor divino com Árbitro da Justiça. Essas habilidades garantem um visual bem maneiro para a classe, transformando o personagem em um anjo caído.
Durante a temporada atual, em que testamos o personagem, a estética celestial é um show à parte. Armaduras brilhantes, efeitos de luz exagerados e skins que fazem qualquer Paladino parecer um verdadeiro emissário dos céus.
Confesso que é até engraçado vestir essas “roupinhas” depois de passar boa parte da adolescência sonhando com um item pago — mas, olha, funciona. Mesmo sem qualquer benefício de gameplay, o que é ótimo, os itens são muito lindos.
O passe de temporada também traz montarias, visuais e, claro, mascotes. Eles não servem para absolutamente nada no gameplay, mas são facilmente a melhor parte do pacote. Ter um bichinho místico te seguindo pelo mapa enquanto você destrói o Inferno é um luxo inútil… e completamente irresistível.
O jogo te dá liberdade, mas nem sempre explica direito
Um dos pontos mais positivos da temporada é como Diablo IV organiza suas atividades. As tarefas ficam bem marcadas no mapa, permitindo que o jogador escolha o que quer fazer, quando quer fazer.
Isso dá autonomia real para explorar Santuário sem aquela sensação de checklist obrigatório. Dá para jogar “pelo esporte”, apenas matando monstros, ou focar totalmente no progresso do passe de batalha.
Além disso, o jogo incentiva — de forma inteligente — o aumento gradual da dificuldade conforme você avança no passe da temporada. Esse sempre foi o grande diferencial de Diablo: entender seu próprio limite e ajustar o desafio de acordo com sua build e habilidade.
Por outro lado, nem tudo é tão claro. O sistema de moedas da temporada, os sussurros do corvo e algumas progressões secundárias são mal explicadas. Para jogadores novatos ou que estão retornando agora, as interfaces podem parecer muito carregadas.
Em um jogo que já tem textos enormes de habilidades, atributos e itens, essas “coisinhas” acabam se perdendo no meio da informação. Dá uma preguiça real de parar tudo para entender exatamente o que cada recurso faz — especialmente quando o combate é tão prazeroso que você só quer seguir em frente esmagando demônios.
No fim das contas, Diablo ainda é sobre relaxar e destruir tudo
Apesar de sistemas confusos e excesso de informações, Diablo IV continua acertando onde mais importa: na sensação de jogar. No fim do dia, a melhor parte ainda é simplesmente vagar pelo mapa, combater monstros, testar habilidades novas e não se preocupar tanto se o item X é matematicamente melhor que o Y.
O Paladino amplifica exatamente isso. Ele é forte, divertido, acessível para novos jogadores e profundo o suficiente para quem gosta de otimizar builds. É a fantasia de poder em sua forma mais pura no universo de Diablo.
Vale a pena jogar de Paladino em Diablo IV?
Se você já joga Diablo IV e gosta de descer a pancada em monstros demoníacos, o Paladino é quase obrigatório. Ele entrega variedade, impacto e uma das experiências mais satisfatórias do jogo atualmente quando o assunto é ir para cima dos inimigos.
Para novos jogadores, a classe também funciona muito bem como porta de entrada, graças à sua resistência, dano alto e mecânicas intuitivas. No entanto, para jogar, você precisa comprar a expansão Lord of Hatred, que chega só em 28 de abril e está disponível por valores na casa dos R$ 180 para compra.
O pacote da expansão também inclui Vessel of Hatred, lançado no ano passado, e mais uma classe que será lançada futuramente. Com isso em mente, se você não é tão viciado e não se importa em perder as temporadas sazonais, talvez seja interessante esperar uma futura promoção.
Afinal, a expansão Vessel of Hatred saiu por R$ 180, hoje já pode ser encontrada por R$ 40 em promoção e estará inclusa no próximo pacote premium de Diablo IV. Se Lord of Hatred seguir esse mesmo padrão, o preço não deve demorar para cair.




