Call of Duty Black Ops 7 vale todo esse aumento do Game Pass? Veja preview
Nós testamos o multiplayer do novo COD e, bom, ele segue sendo um novo COD...
A franquia Call of Duty sempre está cercada de polêmicas por sua grandiosidade. A cada novo lançamento, a série possui a missão de se reinventar, conquistar velhos fãs ou completar uma tarefa simples: trazer qualidade suficiente para ser um dos games mais vendidos do ano.
No entanto, essa pressão é ainda maior em 2025. Call of Duty Black Ops 7 foi revelado na Xbox Game Showcase da Summer Game Fest como o maior trunfo da Microsoft no evento. Além disso, o jogo também virou o principal alvo após a Microsoft aumentar o Game Pass Ultimate para R$ 120, e mencionar nominalmente o jogo.
A partir de novembro, apenas quem assinar a versão mais cara do serviço vai receber novos jogos no lançamento. Não só isso, os games da franquia Call of Duty que estrearem no Game Pass Ultimate ainda chegarão somente mais de um ano depois nos outros planos.
De quebra, uma reportagem da Bloomberg ainda aponta que a Microsoft perdeu US$ 300 milhões em vendas no ano passado com o lançamento de Black Ops 6 no Game Pass. Ou seja, as mudanças nos planos claramente possuem conexões com o novo título da franquia.
A dúvida que fica agora é: o jogo vale todo esse auê? Nós tivemos a chance de testar o multiplayer de Black Ops 7 previamente e trazemos aqui as primeiras impressões!
Ficha técnica
Jogo: Call of Duty Black Ops 7
Lançamento: 14/11/2025
Onde jogar: PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S/X
Plataforma de teste: PC e Xbox
Preço: A partir de R$ R$ 349,90 (também disponível no Game Pass Ultimate de R$ 120)
Confira a seguir as impressões que tivemos testando o jogo no Xbox Series X e PC durante o fim de semana do beta aberto.
O mesmo COD, mas aprimorado e futurista
Quem jogou Black Ops 6 vai se sentir em casa. A estrutura geral continua praticamente a mesma — dos menus às partidas, tudo é familiar. A diferença é que, desta vez, não há migração de progresso do jogo anterior, o que pode frustrar quem acumulou horas e desbloqueios.
Mas é no gameplay que as novidades começam a aparecer. Black Ops 7 refina o sistema de omnimovimento, introduzido no ano passado, e agora adiciona um toque extra de verticalidade. É possível correr pelas paredes e fazer saltos mais altos, o que lembra um pouco a vibe de Advanced Warfare.
Essa mudança traz mais dinamismo às partidas, o que ficou evidente nos cinco mapas que testamos no beta — Cortex, Exposure, Imprint, The Forge e BlackHeart. O combate ficou mais caótico, no bom sentido: há mais oportunidades de flanquear, fugir ou surpreender o inimigo com pulos malucos no meio da trocação.
O destaque do teste, porém, foi o modo Overload. Nele, os times precisam coletar um dispositivo e levá-lo às zonas inimigas para sobrecarregá-las. A estrutura lembra Counter-Strike, mas com o ritmo frenético clássico de Call of Duty. É um dos modos mais interessantes da fase beta, com foco total em adrenalina e trabalho em equipe.
Outros modos tradicionais também marcaram presença: Team Deathmatch, Domination, Hardpoint e Kill Confirmed — todos funcionam como esperado, sem grandes surpresas, mas com o toque refinado do novo motor gráfico e da movimentação revisada.
E o futurismo?
Como já era esperado desde o anúncio inicial, Black Ops 7 se passa no futuro — e isso dá margem para algumas boas maluquices. O jogo flerta com tecnologias avançadas e equipamentos diferenciados, mas sem mergulhar totalmente na ficção científica.
O resultado é uma estética meio “pé no chão”, mas com pitadas de exagero, como armas experimentais, drones e até um cachorro robô que ajuda nas partidas. Apesar disso, o gameplay permanece extremamente reconhecível: você ainda corre, pula, desliza e atira do mesmo jeito de sempre.
O futuro aqui serve mais como pano de fundo do que como motor de inovação. O que muda é o ritmo e o estilo de movimentação, que tornam o multiplayer mais ágil e intenso — mas, no fim do dia, Black Ops 7 ainda é Call of Duty sendo Call of Duty.
E o modo zumbis?
O beta também abriu as portas para o modo Zumbis, ambientado na fazenda Vandorn Farm — uma pequena amostra do mapa completo chamado Ashes of the Damned. A nostalgia bate forte: o gameplay em ondas, as armas bizarras e o clima de tensão seguem firmes, lembrando os bons tempos dos Black Ops clássicos.
A experiência é divertida, mas segura. Não há grandes revoluções além de algumas novidades técnicas, como o retorno de máquinas de aprimoramento (Pack-a-Punch e Der Wunderfizz) e sistemas de crafting adaptados. O que decepcionou foi a ausência de multiplayer local no Xbox Series X, algo que combinaria perfeitamente com o modo.
Ainda assim, vale lembrar que estamos falando de um beta — então há chance de ajustes até o lançamento.
Vale a pena ficar de olho?
Com base no que vimos no multiplayer, Call of Duty Black Ops 7 é uma sequência segura, mas sólida. Ele entrega o que se espera de um novo COD: partidas frenéticas, movimentação refinada e uma dose calculada de nostalgia, que incluirá até mesmo o “mapa do barco”, Hijacked, no lançamento final.
A ambientação futurista é um tempero interessante, mas não chega a reinventar a fórmula, servindo também como um aceno nostálgico para os tempos de Advanced Warfare. O foco parece ser agradar os fãs de longa data e manter a base atual engajada, e nisso o jogo deve cumprir bem o papel.
Se você não é fã da franquia, dificilmente Black Ops 7 vai te fazer mudar de ideia, pelo menos com base no multiplayer.
Agora, se você não é fã da franquia, dificilmente Black Ops 7 vai te fazer mudar de ideia, pelo menos com base no multiplayer. O pacote técnico e a jogabilidade polida mostram que o estúdio está jogando no seguro, o que pode até ser uma ordem para garantir que nada dê errado nos tempos malucos que a Activision Blizzard está vivendo.
Black Ops 7 definitivamente não justifica sozinho o aumento do Game Pass, mas mostra por que a franquia segue como uma das mais poderosas do mundo dos games. E isso, de vez em quando, significa apenas lançar o mesmo jogo com umas perfumarias a mais todo ano por mais de R$ 300.
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