Os destaques da Brasil Game Show 2019
Brasil Game Show: a maior feira de jogos da América Latina, palco para apresentação de games, novos produtos e a chance para projetos indies serem descobertos. Pela primeira vez na história, consegui acompanhar o evento graças a uma parceria da Asus, Adrenaline AND Loop Infinito. E as mais de 40 horas de conteúdo produzidas renderam…
Na edição de hoje eu conto um pouco do que a feira teve de melhor para oferecer, principalmente em relação aos jogos que ainda não foram lançados e estão no radar de muita gente.
Final Fantasy VII Remake: o que KH3 poderia ser
A demonstração da BGS mostra que Tetsuya Nomura caprichou no combate do game. A combinação de ação, troca de personagens e uso de habilidades num sistema que para o combate é, desculpem a palavra, F O D A. Apesar de curto, o trial me fez vibrar ao vencer os inimigos e aguardar por mais. Com a história do jogo original e toda a qualidade gráfica e de gameplay que o jogo aparenta, não vai ser difícil alcançar o sucesso.
Vingadores: É bem o que parece ser
Assim como o rosto dos personagens que protagonizam o game, Avengers tem uma jogabilidade meio genérica. Ainda assim, o título consegue ser divertido e a história original parece ter potencial, principalmente porque dispensa sistemas pay-to-win e loot boxes. Agora é esperar pra ver mais missões single e multiplayer.
Bleeding Edge: tem potencial, mas precisa mostrar mais
O novo game da Ninja Theory conta com um set de personagens carismáticos e uma jogabilidade original, que mistura aspectos competitivos com combate meele, focado no corpo a corpo. Os gráficos da demo da BGS não eram lá essas coisas e, no geral, o título deve chegar para competir com uma galera que aposta com força em multiplayer online. Ou seja, é preciso mostrar mais pra impressionar e garantir o seu espaço.
Iron Man - Uma justificativa para o VR
O breve tutorial disponível na Brasil Game Show exibe as mecânicas de voo e combate do jogo VR, que traz gráficos de qualidade e alto nível de imersão. A dublagem em português com o mesmo ator que dá voz ao Tony Stark versão BR também ajuda a tornar a experiência ainda mais maneira. Agora só precisamos de mais informações sobre a história do projeto, que tem tudo para ser um dos principais motivos para bastante gente levar um PSVR para casa
Luigi's Mansion 3 - Nintendo sendo Nintendo
Como um não-dono do Switch, costumo não dar muita bola para as coisas da Nintendo, mas admiro o poder da companhia em entregar jogos divertidos e bem feitos aos seus consumidores. A demo de Luigi's Mansion presente na BGS mantém esse padrão, trazendo um gameplay divertido, inovativo e bem família. Para quem tem a plataforma da Big N, vale a pena ficar de olho
The Rise of Multiplayer Assimétrico
A lista de jogos não lançados disponíveis na BGS também inclui dois multiplayers assimétricos citados: Predator: Hunting Grounds, dos criadores de Friday the 13h, e Project Resistance, da Capcom. Predator é divertido com sua jogabilidade em primeira pessoa tradicional e um vilão super poderoso, enquanto PR repete a fórmula de Resident Evil trazendo o gameplay de Mastermind como principal novidade. Mas, se ambos ficarem só nisso, Dead by Daylight vai continuar reinando de forma soberana. Ainda é cedo para cravar algo sobre cada um dos produtos, mas com o que temos até agora, é bom ficar com um pé atrás e não criar muitas expectativas.
171: não é brincadeira
Falando em expectativas, a BGS 2019 também contou com a primeira demonstração jogável de 171, conhecido popularmente como o “GTA Brasileiro”. Depois de passar por uma campanha de financiamento coletivo bem-sucedida, o jogo da Beta Games Group moveu multidões na Avenida Indie, que também contava com demos de projetos como Path of Calydra e Dolmen. A versão pré-alpha do game mostrava um pouco do cenário, o sistema de tiro, direção e customização de carros, além das reações de personagens não jogáveis. O DNA brasileiros mostra que 171 pode ir muito além de ser apenas mais um título de mundo aberto inspirado no blockbuster da Rockstar, mas ainda existe muito trabalho a ser feito. Apesar das adversidades, os desenvolvedores parecem motivados e devem lançar uma nova build jogável até o fim do ano. Torcendo pra que dê boa!
E o que mais rolou na BGS, Mateus?
Durante as mais de 40 horas de streaming na BGS 2019, também tive a oportunidade de conhecer o criador de Mortal Kombat, que deu a palavra definitiva sobre Salsicha em MK11: dá pra fazer, mas não vai rolar. Além disso, também tive a oportunidade de jogar vídeo game com várias personalidades da internet, incluindo um dos maiores jogadores de Fortnite do Brasil (que é bem parecido comigo), uma simpática influenciadora que quase ganhou uma partida de PUBG comigo e um cara que usa máscara de rato.
Além de me expor como nunca antes na história da minha vida, a cobertura também me mostrou como o trabalho de streamers e produtores de conteúdo (inclusive esse que vos fala) é importante e impacta a vida do público. Mesmo com as suas falhas, a BGS continua sendo uma das melhores formas da galera sair da internet e conhecer suas personalidades favoritas, bem como jogar uns jogos maneiros e até cortar o cabelo. Será que ano que vem tem mais? Só o tempo dirá.